haja respeito

Eu fico 'abesbilica' com tanto desrespeito!

Quando andei na escola ensinaram- me que respeito era:

1. Sentimento que nos impede de fazer ou dizer coisas desagradáveis a alguém.

2. Apreço, consideração, deferência.

3. Acatamento, obediência, submissão.

4. Medo do que os outros podem pensar de nós. = RECEIO, TEMOR

Em pleno século XXI, não vejo da parte de pessoas crescidas esse mesmo respeito, senão vejamos. Entrámos naquela altura do ano que só um maluquinho se vai enfiar num centro comercial. Eu (que não sou dada a passeatas no shopping - fazem-me doer as pernas e os pés) fui este fim de semana buscar umas coisinhas (evitando a maluquice natalícia nos próximos tempos) e vi atitudes parvas e ignóbil de pessoas que se acham finesse ao mais alto nível. 

Ensinam às crianças que devemos ter respeito pelos mais velhos, pelos incapacitados, etc etc e depois, essas mesmas finesses de alto gabarito, mostram o pior que há em si.  No meio da multidão apressada com os seus sacos de papel das mais conceituadas marcas, NEM SE DESVIAM quando se cruzam com alguém de muletas. Fazem questão de, se necessário, seguir em frente venha quem vier. Os sacos batem nas pernas dos outros, atropelam-se às cotoveladas e 'maladas' chanel e SE ainda fizermos cara feita ainda levamos com uma frase ao mais alto nível etário: Que é?

Meus amigos, peço a esta gente, que das duas uma:

- OU pagam para ter o shopping só para si mesmos a determinadas horas do dia

- OU APRENDAM A VIVER em sociedade e com boas regras de educação.

A roupa, a marca, o brilho não faz a finesse. Ser fino, educado é uma questão que se aprende, interioriza e PRATICA diariamente.

Não és nem serás a mais que ninguém, serás o que mostrares nas tuas atitudes e palavras!

Da próxima vez que alguém voltar a fazer o mesmo, não sei se me vou conter.... acho que vou tomar uma atitude radical para depois poder dizer: agora sim....nao respeitas a bem , respeitas a mal.

tecno dependentes

As novas gerações
nunca saberão
o que é andar de bicla 
ou de  berlinde na mão.

Os mais velhos também já querem
aprender a lidar
com as novas tecnologias
para os mais novos acompanhar.

Ficam para trás as brincadeiras,
sorrisos e abraços
pois olhar para um ecrã constantemente
perdem-se o calor dos regaços.

Agora as apps é que estão na moda,
diariamente é vê-las a sair,
se não baixares a última
não consegues competir.

Neste mundo internáutico,
as noticias correm depressa
vá lá não sejas ''out''
comenta a bela foto da ''Vanessa''.

Sabes sempre onde ela anda,
o que faz e com quem vive....
mas no fundo ninguém gosta
que os outros se armem em detective.

Hoje já nada fazemos
sem tecnologia em nosso redor
desliga um bocadinho o cabo
e tenta dar uma pitada de amor.

Neste mundo tão cruel
ligação é preciso
mas se não tens ligação de net
lá se vai o teu sorriso.

Só temos que pensar
como era com os nossos avós....
seriam eles mais felizes?
ou seremos nós?

arroz ou esparguete? eis a questão

Hoje quem tem canudo sabe o quanto custou estudar, viajar, sacrificar-se por algo que se sonhou e alcançou. Mas de repente vi-me neste dilema: tenho duas latas amarelas com uma bela insígnia cravada, será que dão para guardar esparguete, arroz ou outra coisa qualquer?

Não me arrependo de ter conquistado aquelas 'latas amarelas' que guardo religiosamente, mas se as conquistei devo-as a quem me ajudou nos meus estudos (a minha mãe) e ao meu esforço pessoal de me levantar de madrugada para apanhar o autocarro, ter horas seguidas de entra numa sala, sai e entra noutra  sala sem intervalo regados de dias sem horas de almoço, para no final do dia, muitas vezes já de noite, apanhar o autocarro de volta para casa.

Não devo favores a ninguém pois consegui as minhas 'latas' por mim. Terminei e até tive a oportunidade de ter nas minhas mãos o destino de alguns jovens que dependiam da minha boa performance como professora para irem a exames. Juntamente com duas orientadoras fantásticas cheguei lá, aprendi e retive experiências de vida bastante importantes. 

.....mas agora pergunto: neste país de pobres de espírito e de fraca entreajuda, de que me servem as minhas latas? De que servem anos a estudar e depois ter de optar por outra profissão (que muitas vezes trazem más digestões)? 

No meu caso serviu para eu respirar a realidade da minha profissão (existem pessoas que nem isso conseguiram fazer) e também para saber que acertei no que escolhi. Na conjuntura actual não me é permitido viver da minha vocação e como tal aponto o dedo aos que, durante anos, vão fechando os olhos ao importante investimento que deveria ser feito mas vão abrindo os bolsos a outros interesses. Aponto o dedo também aos Encarregados de educação que muitas vezes não apoiam a classe que tem na mão o destino dos seus filhos. Aponto o dedo aos colegas que lá estão que envergonham a minha classe.

Certo é: as duas 'latas amarelas'  não me dão de comer mas pelo menos tenho sempre o consolo de que estão ''expostas'' para memória futura e que estão a prender o naperon para não fugir do sítio. Não as esfrego na cara de ninguém e muito importante NUNCA me fiz mais do que os outros por ter um ou dois diplomas. Não sou melhor ou pior ....ainda tenho de aprender a dar um melhor uso aquelas ''latinhas amarelas''...acho que vou optar pelo esparguete...... :) Uma coisa é certa, agora sou como um carro de F1, encostei à box e deixei os outros passarem..... um dia (espero) voltarei à corrida

a moda copy - paste

Organização não é um dom, é algo que se aprende e cultiva para se tornar um hábito.

Podemos lidar com a organização:

- no trabalho

- em casa

- na nossa vida 

- nas nossas ideias/ ideais

CLARO QUE NÃO SOMOS TODOS IGUAIS (aleluia por isso!) e uns têm mais capacidade de organização do que outros. No meio da minha desorganização posso ter tudo organizado.... confuso? Quem é desorganizado pode não o fazer por mal, pode ser apenas uma forma de estar ou de levar a  vida em frente. 

Cada ser humano arruma e define prioridades na vida/trabalho. O essencial é estar tudo de modo a que quem venha a seguir entenda a organização que foi feita. 

A organização mais difícil e contraditória é a das palavras/ideias. Quantos de nós hoje diz uma coisa e amanha já diz outra? Esta desorganização verbal/ideias advém de um problema de personalidade e às vezes até de modas. Hoje diz que não gosta, amanha (porque alguém lhe disse que gosta) já diz que gosta também.  É triste como a nossa sociedade actual é de modas, de copy-paste de vidas alheias. Se fores diferente na tua organização então já não és normal. e eu pergunto: o que é ser normal hoje em dia? é ser como o outro que copiamos? 

Talvez ser normal é aprendermos a lidar connosco mesmos superando as nossas dificuldades, desorganizações para que nos possamos afastar da influência dos outros - tarefa complicada? 

Ser como o outro em formato de copy - paste faz com que sejamos ocos, fúteis, sem ideias próprias, e chegado ao final da nossa existência neste planeta quem se irá lembrar de nós?

Manter uma convicção é para fortes, os fracos que fiquem de fora.

No meio de tudo esta dissertação apenas tenho a  dizer: Nunca digas desta água não beberei, pois se eu me lembrar vou-te fazer recordar do que um dia disseste. Organiza-te para te definires e não para te comprometeres com algo que não és e queres ser apenas para agradar. Quem tentas agradar hoje amanha pode ser o teu pior julgador ........ e quem gosta de ser julgado?

quem manda sou eu....

O nosso país é super caricato. Como se não tivéssemos problemas que cheguem vem agora uma alma iluminada querer decidir as nossas vidas no que diz respeito aos nossos amigos de 4 patas. A meu ver a explicação é simples:

Num belo dia de Outono, 

estava a alma a descansar,

eis que começou a ouvir 

um animal a ladrar.

Tinha o bebé a dormir,

tinha acabado de adormecer,

pensou rapidamente:

''quando voltar ao trabalho vocês vao ver...''

Vou limitar os bichos,

para não me chatear,

quem os tenha a mais

vai ter de se desenvencilhar.

Quando voltou às funções,

tentou delimitar

o numero de bichinho existentes em cada lar.

Mas mesmo assim

ainda não contente

achou que bichinho não era gente.

Quem tem mais temos peninha

queres mais bichos ?

escolhe uma galinha!

Minha cara srª ministra, quem manda na minha casa sou eu! Quem decide quantos animais ter sou eu! (desde que respeite as normas de barulho e higiene claro)

O nosso país tem problemas sérios, graves, enormes, preocupantes e vocês aí no poleiro só pensam em estragar o bom que nós ainda temos?

Quem tem animais e gosta deles sabe que dá o seu melhor para este 'membro da família ' vale tudo. Há quem queira ter e não possa e quem possa ter e não tenha....são opções. Preocupe-se em :

- acabar com as lutas de animais ilegais

- com o teste de produtos em animais

- em criar programas de esterilização (para evitar colónias de animais doentes)

- em proporcionar melhores preços a nível de fármacos para os animais

...etc etc

Srª Ministra: Quem primeiro não limpa a sua casa, não tem o direito de limpar a casa dos outros. Se eu quiser 5 gatos e se tiver espaço e condições para o ter não vai ser o seu ministério a mandar....pois quem manda sou eu! 

....ou vai criar uma 'pide' para vistoriar cada casa? olhe aproveite e verifique casa a casa quem é que merece os RSIs..... isso sim merecia uma vistoria RIGOROSA.

NAO MEXA COM OS MEUS BICHOS! SE MEXE COM OS MEUS BICHOS MEXE COMIGO!

(a dia 31 de outubro Portugal ouviu na televisão que o governo nao iria votar neste absurdo..haja alguém com cabeça e decência neste país.)

O valor que damos a essa coisa que chamamos 'Gente'

Gostaria de começar este post com a seguinte imagem:

Dar valor a algo (acontecimentos) ou alguém não é para todos,especialmente quando em muitos casos não se encontram as palavras certas,  por pura frieza em as encontrar, escolher e proferir na hora certa. Não me refiro dar valor a coisas materiais sem relevância para uma vida inteira, refiro-me a momentos, a pessoas,a atitudes, a competências.

''Damos valor quando perdemos'' - o ser humano é assim mesmo, quando é privado de algo sente falta e consequentemente dá valor ao que até ao momento tinha e que agora já não está ao seu alcance.

“Não tem que perder pra valorizar, tem que valorizar para não perder.” 
―Rafael Silveira

Verdade também que cada coisa tem o seu valor, e,  em determinado tempo da vida, o mesmo que tinha valor há uns anos atrás já não terá o mesmo no presente e vice versa.

A palavra valor por si só carrega uma definição positiva. Não dar o valor é o mesmo que dizer passar em frente, ignorar, não reconhecer, desprezar, rejeitar, ou até mesmo evitar.

Reconhecer valor não implica que diariamente se diga,  se mostre. Por vezes os gestos, as atitudes valem mais que mil e uma palavras e,  em coisas tão simples se podem identificar gestos de valorização.

O mundo de hoje apenas aponta o dedo ao que se fez de mal, ao que se deixou por fazer, ao que se nunca fez. Os valores mudaram logo as pessoas mudam também. Os ' não ' valores corrompem tudo e todos e os que tentam ainda manter o seu valor lutam arduamente para, no final, ouvirem apenas uma palavra com 8 letras.  

O que fazer então? 

Aos que são mais corajosos e destemidos : continuem a fazer o que sempre fizeram, um dia, qui ça, as 8 letras aparecerão no meio da bruma da fala diária.

Aos mais temerosos: nada façam pois nunca ouvirão as 8 letras em uníssono.

Aos caprichosos: mesmo que façam algo, não se garante que deliciem o vosso ouvido com as 8 'notas'.

Aos insistentes: tentar está no vosso sangue mas e a recompensa? compensa?

Aos indiferentes: deixa..... podes sempre ouvir um dia.....

Aos que aos poucos vão desacreditando na humanidade (o meu caso): as 8 letras , aos poucos, vão ser os animais em vias de extinção - 1º existem, depois já são poucos e quando já nao houver nenhum....... pronto.... já não há....

Essas 8 letras podem nao valer nada para muitos, mas para outros podem ser um lavar de alma, uma luz no coração. Não custa dizê-las: CUSTA SENTI-LAS!

Ignorar não é para todos...eu não consigo! Remoo todas as situações injustas e feias. Não tenho imunidade à falta de incompreensão. Não entendo ( e talvez nem queira entender) o quanto o valor é desprezado aos que nada pedem em troca. Não entendo (nem faço questão) de ver que quem hoje não agradece, não valoriza as minimas coisas (que a olho nu nada valem porque não têm preço elevado marcado na etiqueta) e  que ensina este 'não' valor às gerações futuras.

Se não sabemos valorizar os outros em coisas tão pequeninas do dia a dia, como iremos ensinar os outros a valorizar  pelo que é o conteúdo e não pelo rotulo? 

é assim tão difícil dizer Obrigado?

Experimente, vai ver que não desmaia, não dá dores, não paga impostos, não cria rugas e não engorda.

Poderá apenas ter o efeito secundário de um sorriso ou um abraço.

“Estamos esquecendo de valorizar pequenos momentos, e só lembramos deles quando precisamos tê-los de volta.” 
―Rafael Valladão Rocha

Eu quero uma mala chique

Todos somos chiques, cada um á sua maneira e dentro das suas possibilidades, mas convenhamos que existem eventos mais chicosos que outros que arrastam gente que nem percebe ao que vai.

Todo o povo tem direito a divertir-se e quando os eventos sao gratuitos que se danem as tias pois só têm de preparar a visão para os pobretanas como eu!

O que é ser chique entao? É ter uma mala fashion? É andar com a bota última moda mesmo debaixo de um calor abrasador? É ter a camisola de marca mas que fica mal no corpo para ' xuxu'.... Mas só a comprou porque a Xixuca da Silva também tem?

Ser chique não é ter, é ser!
Ser bem educado, ser atencioso, é preocupar- se com o outro e não com o seu belo umbigo.

Ser chique é saber reconhecer que se é humano e que no final iremos parar todos ao mesmo buraco no final das nossas vidas.

..... Não é o carro que nos faz chique, não é a roupa, nao é o telemóvel, nao é o sapato..... Não é a pulseira ou o relógio, não é a unha de gel ou a madeixa californiana.... Não é a mala que nos faz chique mas sim o que coloca dentro dela ;)

sozinho e tanta gente

A palavra solidao parece um pouco contraditoria no mundo de hoje. Como podemos estar sós quando estamos rodeados de tanta gente ?

Estar só nao implica estar sem ninguém ao nosso lado, às vezes na sala mais cheia somos apenas um.

Cada vez nos isolamos mais e nos misturamos de uma forma 'fashion'.  Hoje em dia estar 'in' é ter montes de amigos na net  dos quais, infelizmente, muitos nem um bom dia dizem na rua.

O conceito só é ainda mais gravoso quando as pessoas deixam de conversar e fixam os olhos num monitor. Esta 'doença' evidencia- se nos cafés, restaurantes, na rua, onde o telemóvel ou outro aparelho serve para desviar o olhar ou até mesmo evitar uma conversa de uma família inteira, de um casal, de colegas de trabalho. (se é sítio que dê para se ligar ao mundo, melhor..... - mas já pensaram que também existe mundo à sua frente e presencialmente?) .

Conversar , trocar ideias, fazer um pequeno balanço do dia tornou-se algo raro. A tecnologia apoderou-se das nossas vidas e controla-nos os gestos, as ambiçoes, os sonhos.

Saber distanciar-se deste mundo tão oco mas ao mesmo tempo tão rápido para transmitir ideais é uma virtude. Como eram bons aqueles momentos em que se ansiava para chegar a casa para contar as peripécias da escola ou trabalho, falar com quem mais amamos, trocar ideias, falar sobre as novidades ou até mesmo sobre as notícias (por piores que sejam a passar na TV).

Estar só é estar fisicamente sozinho dentro de si e à sua volta. Quantas vezes já quisemos partilhar algo e não fizemos porque simplesmente os humanos presentes nem notaram a nossa presença?

Há quem esteja só por opção, há quem viva bem só, há quem faça por estar só e há quem abomine a ideia de ser um ser só...... Pois  como disse Mario Quintana : ...o excesso de gente impede de ver as pessoas.

Solidão não implica tristeza, solidão ajuda-nos a analisar as situações.


" em suma, todo o problema da vida é este: como romper a própria solidão, como comunicar-se com os outros."  - Cesare Pavese

porque um dia seremos um também....

Hoje celebra-se o dia internacional do idoso. Como tantos outros dias, esta data devia ser lembrada diariamente pelas mais diversas razões.

Ser idoso em Portugal é um 'karma' muito pesado. Muitos idosos trabalharam uma vida inteira e nem para comer têm ou do pouco que recebem ainda têm de ajudar os filhos que , ou estão no desemprego,ou ainda vivem com os pais.

Mas não nos esqueçamos que quando se ouve falar em abandono dos idosos as razões são as mais variadas, desde a falta de familiares vivos, à falta de ajuda por parte dos filhos /sobrinhos e outros, etc. Não vou condenar a situação de cada um mas convenhamos que muitos idosos trataram mal os filhos e agora se encontram sozinhos. É tabu o tema mas ele existe mais do que pensamos. Ouvimos nas notícias que idosos foram maltratados por familiares (claro que é deplorável e alvo de queixa às autoridades) e esquecemos que existem idosos que , por problemas de saúde mental ou outros (ou até nas suas melhores faculdades), tratam mal quem quer tratar deles. 

Uma velhice digna não implica ter muito dinheiro. Implica sim ter cuidados básicos de saúde e higiene e não é vergonha nenhuma não ter família e ficar a cargo de um lar para idosos - convenhamos que é para isso que eles foram criados e desde que ofereçam as melhores condições para se terminar a vida com dignidade.

O idoso é um acumular de experiências boas ou más na vida. Podemos aprender muito com eles, se os mesmos forem tratados com dignidade e respeito pelas gerações mais novas. Lastimável quando crianças/jovens e até adultos zombam dos mais velhos. E pior são aquelas almas que acham piada quando essa troça é feita por crianças e ainda têm o direito a risota.

Como querem respeito aos mais velhos se as mais novas gerações aprendem com o que vêem diariamente?

lembrem-se todos que um dia todos seremos ''velhos'' e a solidão é um fardo muito pesado para suportar nas costas que de quem está cansado de uma vida.

Para quem ainda não o é: trate sempre os idosos com o máximo respeito pois um dia também será um deles.

Para quem já o é: viva sempre com alegria e recorde-se de todos os momentos que o fizeram crescer.

Nunca esqueçam que:

Mudas tu? ou Mudo eu?

Todo o ser humano tem medo de mudanças. Todos temos quer queiramos ou não. São diversas as razões pelo qual não gostamos muito delas, especialmente aquelas que nos tiram daquele sítio tão bom que se chama a nossa zona de conforto.

Sair da zona de conforto não é fácil. Nesta zona temos um pouco de tudo o que nos ajuda e custa um pouco mexer para alterar seja o que for.

Ter a coragem necessária para se 'levantar' da zona não é para qualquer um e alguns querem mas não conseguem, pois ao saírem dessa mesma zona não têm para onde ir ou se apoiar.


A palavra mudar tem como definições:

mu.dar, transitivo

1. transferir de um lugar para outro
2. dispor de outro modo
3. desviar
4. variar
5. substituir
6. alterar
7. modificar
8. transformar

mu.dar, intransitivo

9. ir viver em outro lugar
10. tomar outro aspecto

mu.dar, reflexivo

11. ir viver em outro lugar

(in: https://pt.wiktionary.org/wiki/mudar) 

A mudança mais difícil e mais forte na minha opinião é a definição 8. Transformar (radicalmente) algo requer audácia e auto confiança. Hoje em dia essa auto confiança é destruída diariamente seja pelas condições sociais que nos impuseram, seja pela mundo virtual onde que se ganhou uma dependência excessiva no que toca a opiniões, indiretas e afins. Transformar implicar cortar, interromper com algo que até agora nos era comum/familiar.

Impõem-se fazer umas perguntas: 

Devemos mudar quando? Quando queremos ou apenas quando somos obrigados ?

Mudamos por necessidade ou mudamos sem darmos por isso?

Quando queremos mudar e não temos 'armas' para o fazer, como devemos proceder?

Mudo por mim? Mudo pela sociedade?

Certo certo é quando a vontade se impõe, está dado o primeiro passo, agora é só caminhar.

Mudar é um desafio, temos de assumi-lo e agir em conformidade. Se nos deixamos levar pela inércia somos conduzimos ao vazio de nada ser. Tantas e tantas situações na nossa vida deixámo-nos guiar pela paralisia de ações, pela ausência de atitudes. Seja a mudança agora em pequenos gestos, em pequenas vitórias. As batalhas não se ganham numa só virada. Não queira dar passos maior que a perna, pois (aposto) que em algumas ocasiões que já o fez deu-se mal .....

Cada um de nós tem expectativas, desejos, sonhos....cada um de nós deve ser respeitado e ser aceite, mesmo que outros não concordem. 

por isso não esqueçam.....

Interesses para que vos quero....

A palavra interesse tem muito que se lhe diga. Podemos atribuir- lhe uma carga negativa como positiva.

Definição de interesse:

1.	o que convém a alguém; proveito; lucro; vantagem

2.

empenho

3.	parte nos lucros de uma sociedade ou empresa

4.	juro de capital

5.	atenção espontânea dirigida para objetos ou atividades correspondentes às tendências do indivíduo

6.	qualidade do que retém a atenção ou desperta a curiosidade; importância; utilidade

interesse In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-09-20].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/lingua-portuguesa/interesse;jsessionid=flzXGJOdniTbTmpDvjbFpw__>.

Todo o mundo gira em torno de interesses : interesse nas pessoas, nos objetos, nos assuntos, e por aí adiante, cada interesse com uma finalidade seja ela prejudicial ou não. Os interesses mais comuns são  interesses políticos e interesses nas relações humanas. Para bom entendedor, uma frase basta e todos sabemos que o ser humano se rege por metas e até alcançá-las vai usando quem está em seu redor para o conseguir, mesmo que isso implique sorrir a quem não apetece mostrar os dentes.   A velha máxima de : enquanto precisar faço- te a vontade.

O ser humano tem necessidade de se encaixar numa sociedade que muda de opinião facilmente, uma sociedade que o estar na moda pode implicar roupa brega ou até mesmo pintar o cabelo daquela cor que nem nome tem. Esse encaixar, agradar, favorecer vai ao encontro desses mesmos interesses que nos movem. É triste quem é só por ser, quem tem só por ter, quem faz só para receber - de seres humanos vazios estão as ruas cheias.

Cada um de nós é uma construção ao longo da vida, vamos aprendendo, crescendo e muitas vezes regredimos quando um interesse (seja ele de que natureza for ) nos põe à prova. Se o interesse for verdadeiro e ''desinteressado''  (pode parecer confuso mas não é, mais à frente darei exemplos) podemos crescer ainda mais, como por exemplo o interesse em aprender algo novo, o interesse em ajudar o outro, o interesse de ''fazer o bem sem olhar a quem''. Agora se o interesse for para agradar, de sobressair, de ser aceite (e isso acontece muito na política e nas relações de suposta amizade) então estamos a alimentar uma imagem nossa que com o tempo (desculpem a expressão) irá pelo ralo abaixo. 

Todos temos interesses é verdade, mas não poderão os mesmos serem mais virados para nós mesmos para nos ajudar a seguir com as nossas vidas? não poderemos ser interessados sem adjudicar o nosso interesse a alguém? 

Vejamos como as nossas vidas se tornam fúteis à custa de interesses:

- Quando os políticos querem o nosso voto, prometem mundos e fundos

- Quando queremos agradar a alguém, tentamos ao máximo ser como, ter como, usar como, falar como.... repetir o modelo para ser aceite (se fugirmos á regra já não se é normal, fixe ou até mesmo''mano'' na cena)

- Quando na sociedade se mexem os cordelinhos (a nível empresarial/governamental) para obter vantagens diversas

- Quando se quer conhecer aquela pessoa que nos pode levar mais longe

etc

etc

etc

Já dizia Napoleão: Todo o homem luta com mais bravura pelos seus interesses do que pelos seus direitos."

Vejamos se os nossos interesses fossem ''desinteressados'':

-  quando queremos aprender algo novo para melhorar o nosso eu

-  quando ajudamos o outro sem nada pedir de retorno

-  quando nos empenhamos numa tarefa que sabemos que apenas vai melhorar o nosso bem estar

-  quando ajudamos a família apenas porque sabemos que é o certo,  que o devemos fazer pois são do nosso sangue e é nossa obrigação

etc

etc

etc

Nesta altura de crise andamos mais desconfiados e a máxima ninguém dá nada sem querer algo em troca  torna-se cada vez mais real. Andamos desconfiados, stressados (o stress é desculpa para tudo à cerca de umas décadas) mutilados socialmente, desmotivados...... Mas uma coisa é certa, quem se rege por interesses não é feliz, apenas anda neste planeta a gastar a sola dos sapatos. Quem vive com alma e paixão, consciente do que faz e tem, interessa-se por coisas mais belas e proveitosas.

Uma coisa é certa: "O interesse, que cega alguns, alumia outros." - La Rochefoucauld

e aqui deixo eu a minha máxima: não vivas a tua vida apenas para agradares os outros, tens é de te agradar a ti mesmo através dos teus interesses 'desinteressados' que te fazem crescer e ser uma pessoa melhor.

Preparados???? Corram para apanhar lugar!

...antes de se abrir a porta alguém diz sorrateiramente: 

- ''estás preparado?''

- ''estou! assim que ela abrir a gente corre''

- ''bora lá''

Ouve-se a maçaneta a rodar ao milésimo de segundo e eis que a porta se abre e todos correm para apanhar lugar.

Este podia ser o início de um dos novos livros de Uma aventura na Escolinha do Crato. Mas não é. Em alguns sítios é a pura realidade quando para dentro de uma sala tentar entrar cerca de 32 ou mais alunos.

Bem ...estão todos sentados?? pergunta a professora. Para os mais sortudos que têm uma sala grande estão. Mas noutras salas começa-se a ouvir: Srª funcionária???????????? traga ai umas cadeiras....faltam mesas.....    e lá vão as coitadas das auxiliares técnicas da ação educativa (sim...têm nome grande) à procura da mesa e cadeira perdida nesse templo chamado ESCOLA.

aula 1- sumário: realização da chamada e apenas isso (são muitos).

Ao final de uns dias a professora, cansada de gastar aulas e aulas de chamadas (porque nos primeiros dias os meninos andaram a trocar de lugar), a professora decide fazer uns crachás com nomes identificativos. Uma coisa é certa se faltar alguém irá ouvir: Fixe, hoje tenho a cadeira do Manel disponível para mim!

aula 5: organização da sala de aula e marcação de faltas (ainda nem deu para fazer 

a ficha de diagnóstico pois não há tinteiro e papel na reprografia)

ao final de umas semanas as paredes parecem encolher...os meninos parecem ter aumentado de número e o pedido de SOS é eminente. 

Pronto pronto eu deixo aqui e minha ideia genial.... AULAS AO AR LIVRE 

Vamos lá raciocinar.... se as salas são pequenas, os alunos enlatados e os professores asfixiados então RUA!!!! assim aproveitam os belos espaços exteriores, os belos recantos escolares e VOILÁ: ninguém fica empacotado, asfixiado e o professor nem precisa de mandar o aluno para a rua quando este se porta mal :)

A parte da chuva, vento e frio é uma questão a resolver, mas nas escolas que pingam água do tecto, vejam a parte positiva: na rua estão em contacto direto com a natureza....

Nas escolas que temos falta de mesas e cadeira tenho também outra solução: juntar o ioga à educação. Tudo de traseiro no chão. Pronto, pronto façam como eu quando andava na pré escola, levava uma mantinha e uma almofada para ajudar no conforto. Assim nem havia desgaste de material escolar e se a aula estivesse a ser uma seca dava para fazer uma soneca.

Agora brincadeiras à parte: a educação é algo sério e os nossos governantes andam a brincar com a vida de milhares de pessoas: alunos, professores, auxiliares e pais. Pensem nisso da próxima vez que se esquecerem de ir votar.....

Sr. Candidato: Olhó passarinho!!

Eleições! Que ano espetacular. Quando é ano de eleições vemos os tratores da câmara circular mais vezes, os jardins a serem aparados, as ruas a serem arranjadinhas com remendos manhosos, vemos miraculosamente todas as crianças a terem vaga na pré escola, and so on and so forth*.

(* e por aí a adiante) 

O que mais gosto de ver por esta altura são os cartazes que se espalham rapidamente antes das eleições e depois definham com o tempo porque (curiosamente) já ninguém os vai tirar. O vento, a chuva e o sol encarregam-se de lhes dar um novo ar de desgaste a alguns candidatos que já antes mesmo da votação gastos estavam. (peço a quem ganhar as eleições que se digne rapidamente a limpar os cartazes que deixou: o povo agradece)....

Analisando bem as obras primas que se colam nas ruas, pracetas, rotundas, placards improvisados cravados no chão ou até mesmo encostadinhos a um poste (não vá o poste cair...) verificamos que (e ainda bem) temos candidatos penteadinhos, arranjados e sorridentes. Mas atenção.... não se deixem enganar pois existem cartazes onde as fotos das pessoas (que querem representar grandemente o povo) já têm uns aninhos, mas no caso das senhoras é giro porque a candidata nunca envelheceu. E quase que aposto já nem tem aquele casaco ou par de brincos que está na foto...... Mais ainda, caso não seja do vosso círculo diário, passam pelo candidato/candidata e nem lhe passam cartão, pois nem o/a conhecem....

Vi hoje na TV algumas preciosidades de fotos e slogans de algumas campanhas e devo dizer que uns primam pela estupidez, outros pelo snobismo total. Aqui na minha zona creio que todos eles seguem uma linha simples: os candidatos encarando o comum dos cidadãos e com slogans chamativos..... curioso aqui há uns dias um dos partidos decidiu mudar de slogan no cartaz....porque terá sido??????? O primeiro slogan evocava dias e provas passadas, o novo evoca as supostas batalhas futuras......  Haja guito e árvores para cortar!

VOTAR é urgente. Não fique parado em casa para depois durante 4 anos andar a dar à língua a dizer mal deste ou daquele que faz ou não faz. SE não contribui com o seu dever cívico então redima-se ao silêncio durante 1460 dias. VOTE! Só a votar é possível mudar. VOTAR é dar voz ao que queremos!

Agora o meu apelo aos que ficam a representar o povo: não se fechem nos escritórios, mantenham as 'linhas' abertas para ouvir a população, estejam atentos ao que vos rodeia, não aproveitem o poder em proveito próprio, preocupem-se com todos e não apenas só com alguns, não deixem coisas para fazer apenas no último ano do mandato **: lembrem-se são funcionários do povo e para o povo. 

** Aquela lengalenga que as pessoas apenas se lembram do que foi feito no último ano é mentira. A memória é algo fantástico : é mais fácil recordar o que vai sendo bem feito do que recordar o que é feito à pressão. 

Ser Chique é um posto!

Fui ao teatro. Há muito tempo que não ia ao teatro. Gosto bastante mas com a 'crise' não nos podemos dar a este luxo mais vezes.

Fui ao teatro, descansada da vida, pronta para me rir e descontrair e assim foi..... ou não..... ao meu lado ficou um autêntico 'specimen' da high society no qual espelha claramente tudo o que o pobre pensa que anseia.

 Confesso que o meu primeiro pensamento foi: ''Bem vai ser um serão agradável''.... e de repente começo a ouvir um batuque irritante ao som da música de fundo que passava na sala, enquanto os outros cidadãos (ansiosos pelo espetáculo) se iam sentando.... ''BOLAS'' -pensei eu- '' temos dj de pés na lateral''.

Enquanto a senhora lá batucava com os seus pezinhos high society ia alternando com os dedinhos fora dos sapatos. Tirava e punha....tirava e punha...... (recordo-me vagamente que assim que me sentei, tirei o meu pé de princesa do meu sapatinho mas porque tinha uma pequena pedrinha que resolveu me acompanhar desde a rua até à sala, nunca imaginando que o verdadeiro pedregulho estava ao meu lado). 

Antes do espetáculo começar ainda tive tempo para dar uma vista de olhos às letras gordas do jornal (sim eu sou pobre posso espreitar) enquanto a senhora o colocava em posição para aproveitar a luz ainda existente na sala.  E lá foram os minutos passando até que os atores subiram ao palco e às primeiras risadas ia jurar que tinha ouvido um porquinho a grunhir ao meu lado, ao mesmo tempo que se ria.  Atenção que nada tenho contra a quem se ri mais efusivamente pelo nariz mas NUNCA pensei que gente high society se permitisse a tal luxo. E foi uma e outra e outra vez....ao fim de um bocado até achei engraçado.....

riso aqui, riso ali.... lá passámos um bom bocado a respirar um bom perfume, a ver um excelente espetáculo e a tentar perceber se não haveria ali alguma pontinha de constipação.....

Quanto tudo terminou cheguei a várias conclusões:

- Gostei muito da peça de teatro
- Fui várias vezes encadeada com o relógio de pulso de brilhantes (falsos - ''je crois'') e uma bela mala GUESS -  daquelas que parecem borracha dos botins
- Rir faz bem
- As cadeiras onde descansei o real traseiro eram super fofas
- Gente de high society também lê o jornal 'metro' - amigos a crise ataca todos
- Fiquei a saber as últimas notícias do jornal Metro
- e finalmente a mais importante: ser chique é um posto que se vê pela atitude e como se reage ás situações. 

Podes estar coberto de marcas caras, perfumes de odor durável 48 horas, e carregadinho/a de jóias MAS se não tiveres a atitude correta NUNCA serás chique. Chique não é TER é SER.

 ;)

 

Redes Sociais - Parte III

na opinião de um leitor e usuário das redes sociais, apresento-vos algumas vantagens e desvantagens das redes sociais:

DESVANTAGENS

- A forma viral como algumas coisas tornam-se conhecidas poderá ser uma desvantagem e um malefício para quem é o focus da notícia. Basta um erro ou um descuido  e algo inocente que foi tornado público nas redes sociais poderá chegar a uma audiência online de milhões.
- À primeira vista a utilização de redes sociais para promover o que quer que seja poderá parecer simples e rápido de fazer. Algo enganador, já que com a competição que existe, de simples e rápido poderá ter pouco.
- As redes sociais poderão ter um impacto negativo na produtividade e ser uma grande fonte de distração.
- Quando as redes sociais são utilizadas de uma forma errada, estas poderão ter impactos negativos nos aspectos mentais e físicos das pessoas.

VANTAGENS

- Caso utilizados corretamente e com uma boa análise prévia, algo promovido nas redes sociais poderão obter um impacto viral, chegando a várias pessoas num curto espaço de tempo.
- As redes sociais são uma boa fonte de tráfego para websites, blogues, portais, etc.
- As redes sociais poderão ser um excelente meio de união entre as pessoas, especialmente na promoção a nível mundial de produtos ou causas, que possam juntar pessoas com uma opinião comum.
- Ao nível de marketing, as redes sociais poderão ser uma ferramenta muito útil, tanto para chegar as novos públicos, como para manter os atuais.

José António Cadavilhas

(Poweruser)